TABELA DE TOXICIDADE RELATIVA DE SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NA HOMEOPATIA

Prezados alunos do Curso de Ciência da Homeopatia;
Conforme já reiterado durante as aulas, para a prescrição dos remédios homeopáticos na escala decimal é necessário que sempre consultemos a tabela da ANVISA, que se refere à toxicidade relativa de substâncias utilizadas em homeopatia. Se não estiver com a tabela em mãos em ocasiões que possa necessitar, consulte o nosso site e estará disponível também no seu celular.

Lembrem-se sempre de que se não houver este minucioso cuidado, você corre o risco de estar prescrevendo uma substância em dose tóxica, o que é proibido para os terapeutas , mas liberado para os médicos.

Para nós, a restrição é somente essa, pois a partir da dinamização específica de cada homeopatia citada na tabela, podemos subir ad infinitum em qualquer escala. Mas como sempre repito, podemos fazer isso, temos a liberdade, mas “aquele caso” realmente necessita?

Seguimos Hahnemann, de acordo com a nova forma de tomada dos remédios explicitada na sexta edição do Organon e de escritos dos seus últimos anos de prática em Paris. Costumava começar na escala centesimal, subindo gradativamente, da CH5 até a CH12, e, dificilmente, chegava até a CH30. Caso precisasse subir mais, ao invés de grandes saltos, utilizava a escala LM – LM1, LM2, LM3. Dessa forma, igualmente garantimos a sequência energética mais uniforme no tratamento, sem o risco da patogenesia por desconhecermos se “aquele” indivíduo está preparado para receber um quantum vibracional da CH30 para CH200, por exemplo, que é usual dos Kentinianos lançarem mão.

Nesse exemplo, o risco de patogenesia é imenso, pois somente depois da pessoa colocar a gota na água e beber é que teremos uma noção do que poderá ocorrer. Se fizéssemos esse procedimento relatado acima e depois avaliássemos as reações no retorno da consulta, a pessoa relataria os sintomas sentidos e assim poderíamos concluir, pela lei de Hering e pela confrontação dos sintomas da Matéria Médica, o que foi agregado pelo excesso de energia que recebeu. Verificaríamos qual o grau de patogenesia que poderia ter ocorrido.

Nossa responsabilidade e ética é imensa perante a vida de outras pessoas, portanto, seguir fielmente Hahnemann, tanto nos cuidados da prescrição, quanto nos cuidados da avaliação da sequência do caso, é o que garante o sucesso do restabelecimento real e duradouro, sem nenhum tipo de manifestação negativa.

Quando o tratamento segue corretamente, não vamos ficando mais e mais parecidos com a personalidade similimum que nos identificamos para tomar o remédio homeopático, mas sim vamos reequilibrando as características semelhantes em todos os níveis. E assim nos libertando daquelas que nos faziam desarmonizados, clareando ainda mais as que eram realmente sósias e ficando apenas com a faceta boa dessas que tínhamos semelhança mais profunda. Não é admissível irmos agregando e amplificando mais àquelas que tínhamos em desarmonia e nem acrescentando alguma característica que não tínhamos antes. O que buscamos peceber são as melhoras significativas em todos os níveis, se o oposto ocorrer, o direcionamento do tratamento não está correto. A isso se chama patogenesia do medicamento.

Aqueles homeopatas Kentinianos que não entenderam realmente os preceitos de Hahnemann, dificilmente conseguem vislumbrar durante o tratamento essas diferenças sutis nas manifestações e, a cada retorno, ao fazer uma avaliação superficial dizem: “Você está cada vez mais similimum do remédio, eu não tinha percebido essa e aquela característica sua”. Com essa conclusão, aumentam cada vez mais a dinamização, de 30 para 200, saltando para 1000, até chegar em 10.0000,e a pessoa cada vez mais “parecida” e muito mais doente, sem resolver seus principais problemas. Isso se chama desenvolver metástase mórbida, ou seja, o adoecimento está sendo mais interiorizado, indo de órgãos de baixa hierarquia para alta hierarquia, conforme comprovamos com os ensinamentos de Hering.

Mesmo se foi o melhor remédio similimum para aquela pessoa, a reação pode ser demasiada forte na energia vital. Tem vários parágrafos do Organon falando a respeito. Vejo todo dia acontecer: pessoas que não precisavam ter tomado dinamização alta em início de tratamento, como CH30, e surtam mentalmente, além de terem exonerações físicas muito fortes. Tudo desnecessário, o que podemos evitar se iniciarmos lentamente a subida das dinamizações CH5, CH6, CH7….. e formos observando atentamente as melhoras, sem expor a pessoa a dores, febres, vômitos, etc.

Qual a diferença de iniciar com decimal ou centesimal?
As decimais drenam bem profundamente as várias camadas físicas, não atingindo tanto as mentais e emocionais, apesar de coexistirem concomitantemente.
As centesimais drenam menos fisicamente em casos mais cronificados se dedicando a limpar mais profundamente as camadas mentais e emocionais, por isso, o cuidado e a observação na CH5 que tem poderes energéticos de harmonização maior do que a decimal. Para tanto, na decimal, a similitude não precisa ser a mais absoluta no mental e emocional, o que já é exigido na centesimal e mais ainda na LM1 que corresponderia, de certa forma ainda não comprovada, a uma CH30 ou mais.

Quanto mais energética, mais profunda a ação nos níveis altos e maior a chance de patogenesia, embora não faça a restauração completa do órgão físico desgastado ou desequilibrado como a decimal.
Portanto, o homeopata consciente segue da decimal para a centesimal quando a simililute é grande e vai aumentando aos poucos. Dessa forma, a possibilidade da harmonização ser a mais completa possível é sem dúvida imensa.

Graças a Deus e a Hahnemann, cada vez mais os homeopatas estão aumentando a  consciência. Vamos todos usar racionalmente esse recurso maravilhoso que temos ao nosso alcance e ajudar a promover o bem estar de quem precisa. Como homeopatas, vamos trabalhar com nossa alma e nosso coração em primeiro lugar, assim, teremos realmente mais condições de acessarmos, com a homeopatia correta, os recôndidos intocáveis da alma e do coração daqueles que nos pedem ajuda para amenizar tanta dor e sofrer.

Um abraço Hahnemannianno a todos
Professora Eliete M M Fagundes

RESOLUÇÃO – RDC ANVISA Nº 139, DE 29 DE MAIO DE 2003(*)

Republicada no D.O.U de 05/08/2003

Dispõe sobre o registro e a isenção de registro de medicamentos homeopáticos industrializados.

ANEXO V

TABELA DE TOXICIDADE RELATIVA DE SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NA HOMEOPATIA

Legenda:

Nome: Nome homeopático da droga.

Escalas: A tabela se refere a dinamizações na escala decimal. Para aplicação à escala centesimal deve-se

considerar a concentração correspondente da droga.

Referência: The Homoeopathic Pharmacopoeia of the United States, 9th ed

Republicadapor ter saído com incorreção no original, publicado no DOU nº104, de 2 de junho de 2003, Seção 1, pág. 33